"Não há um milímetro do mundo que não seja saboroso" (Jean Giono)

quinta-feira


O que não nos mata, fortalece-nos
[Foto: Francesca Woodman]

sexta-feira

Have a Hippie Weekend




quarta-feira






no one can love me the way that you do
yeah, i was de captain of my own ship of fools
i fled to the ocean, i aimed for the stars
so your face was a light that kept me saved from the dark
so i say please, say please
(...)





[A Cry 4 Love - David Fonseca]

"é no acordar, de manhã, que mais te amo. quando te sinto mais vulnerável e sinto que te consigo proteger"


sexta-feira

não aguento o peso do meu corpo mais um segundo. cada membro descoordenado com toneladas a limitarem a sua independência. meu corpo pendura hoje de um fio e é a esperança dum fim próximo que o salva. que o continua a mexer sem vida...mais um dia...mais umas horas até me ver livre dos fios que coordenam, mas aprisionam o meu corpo durante os dias mais escuros da minha semana. e este dia, mesmo sendo o último torna-se insuportavelmente infindável.

quarta-feira


quero emigrar novamente. ser turista todos os dias. e em cada estação do ano descobrir uma agradável surpresa. vivê-la sempre como a primeira vez...o primeiro inverno, a primeira primavera... olhar para tudo como pela primeira vez. não me cansar de passear a pé pelas ruas que já conheço. sentir prazer com as mais pequenas e simples coisas que faço e com quem as faço. provar pratos novos. conhecer pessoas novas. sentir-me feliz por estar aqui e agora.
quero emigrar uma e outra vez mais. hoje, amanhã e depois...aqui mesmo ou não

sexta-feira

Have a Hippie Weekend


quinta-feira


tenho estado a ser sacudida por rajadas de vento, ideias infundadas (ou não). chuvas fortes, lágrimas. trovoadas, medos. saídas inundadas e mais um par de escolhas inevitáveis.

acredito sair viva, bem viva. e prometo contar a nova (e provavelmente provisória) satisfação.


quarta-feira

depois há aqueles dias (daqueles que só têm sofredoras 8 horas) em que o seu fim é um grande alivio





sexta-feira

Have a Hippie Weekend


quinta-feira

o teu silêncio. a falta do teu olhar. o frio que nos separa. a distância do teu corpo. entra-me tudo pela alma como lâminas que me descarnam devagar.


[Foto: Francesca Woodman]




quarta-feira

tentando exorcizar de mim, o medo, ansiedade e o desespero


sexta-feira


Have a Hippie Weekend!




hoje o tempo. os toques. as trocas. os sussurros. as músicas. a dança. o doce. a calma. os olhares. os risos. os beijos. aquele mar nosso. a cidade em mim.

são para ti


quinta-feira


o vazio espeta-se como agulhas no meu corpo frio, perdido num mar de lençóis, que não te encontra




sexta-feira


Leva-me contigo na palma da tua mão
Que eu já não consigo pisar mais este chão
Leva-me para longe que eu não consigo andar
Quero estar contigo teu mundo é meu lugar
Acabaram-se as palavras que saíam de ti
Estivesses onde estavas eu sentia-te em mim
Abraça-me uma vez e outra a seguir
Abraços já são três já te estou a sentir
[Duarte Rosado]





Have a Hippie Weekend


abri a janela e deixei entrar o vento frio deste outono que já se sente. deixei-o tocar-me, roçar-me, acariciar-me. os meus braços esperavam trémulos pelo abraço prometido, pelo fundir das minhas costas no teu peito. e bastou isso para o vento se transformar numa brisa de primavera e a janela, que vê os olhos melancólicos, num jardim suspenso.

abri a janela e deixei entrar a tua voz, que embala nos meus ouvidos. deixei entrar a liberdade de te amar ao meu jeito. deixei entrar os pensamentos soltos e os toques espalhados pelo corpo.

abri a janela e deixei-te entrar... a ti e as minhas fábulas encantadas.

abri a janela...


terça-feira


porque esta cidade consome-me, suga-me aos poucos e pede-me para fugir, outras vezes expulsa-me mesmo. vagueio a procura de outras paisagens, de outros rostos, de outras vozes, outros olhos que me levitem no seu brilho.
porque há dias em que a amo e o sol ou a chuva são sempre maravilhosos. mas há dias em que nem o sol combina com ela e aí migra-se para uma menos perfeita, mas mais apetecível.
hoje quero escolher o lugar e as pessoas. hoje quero escolher as cores, o tempo e a música. Hoje, só Hoje. porque amanhã volto.

sexta-feira


...hay que amarte para verte florecer...


[Servando y Florentino]



quarta-feira


já não tenho medo dos pensamentos, mas eles esgotam-me as poucas energias que me restam em noites como estas, em que a minha alma se perde e é encontrada algures, num lugar mais quente onde o coração entoa blues

sexta-feira

Cuando fue la ultima vez que viste las estrellas

con los ojos cerrados

y te aferraste como un náufrago a la orilla

de la espalda de alguien.

Cuando fue la ultima vez

que se te fue el amor

por no dejarlo libre.

Cuándo fue la última vez

que te besaron tanto

que dijiste mi nombre.

Cuándo te ganó el orgullo

y escogiste el llanto

por no perdonarme.

Cuándo fue la última vez

que un simple dejà vu

me llevó hasta tus brazos.

Cuándo,

cuándo fue la ultima vez

que te quisieron tanto.

Cuándo,

cuándo te ganó el orgullo

y escogiste el llanto.

Cuándo,

cuándo volverás a ser

lo que no fuiste nunca.

Cuándo fue la última vez

que te sentiste sola

y llegaste a odiarme.

Cuándo llegó a convencerte

el maldito despecho

que un clavo saca otro.

Cuándo te olvidaste que el caso

no es entenderse sino que aceptarse.

Cuándo, ...

Si se sanó tú herida

borra también la cicatríz

y si un día nos vemos

haz el favor de contestar.

cuándoo, ...


[Ricardo Arjona]



eu continuo a acreditar...e a desejar



Have a Hippie Weekend

quinta-feira

a arte e a música devem ser as melhores coisas da vida depois do amor

quarta-feira


quando as pessoas não conseguem encarar o seu passado, é porque ainda não o esqueceram, porque ainda o sentem. a melhor forma de superar é aceitar, reconhecer, enfrentar e seguir enfrente. nunca ignorar, porque a ignorância não cura corações.

quinta-feira

Lá...Já está na época delas! Pena não apreciarem por cá...


vestida de flores, con aroma de colores y con la elegancia de un mundo lleno de ilusiones
[Guaco]

O corpo é o jardim da alma

o meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro
[William Shakespeare]




terça-feira

Hoje o azul brilha e descubro que mais do que conseguir, é a tentativa que me mantém viva, que não me deixa morrer lentamente.

É o nunca deixar de tentar que faz os meus dias tão azuis como o de hoje!


Temporariamente sem tinta no coração

sexta-feira



Estou de partida

a caminho de uns dias mais leves

sem destino certo

ao som da natureza

ao sabor da liberdade

dias com as cores da minha alma

terça-feira

teu rasto


hoje acordei com os gritos do silêncio. o sofá desarrumado. a luz vermelha. e as horas que nunca são as certas. o cobertor que descai, que nunca tapa nem aquece o suficiente porque a alma está mais fria que o corpo. e a solidão leva-se por dentro, mas sente-se por fora. o cão que se encosta. tenta sempre o contacto. porque ele é a própria solidão. os vestígios de pêlos no chão. mas a vontade de não os limpar para lembrar que por existirmos deixamos rasto. mas hoje é só isso que tenho de ti. teu rasto. teu cheiro. tua roupa pelo chão do quarto. e as lembranças como conta-gotas a caírem tortuosamente devagar no coração.

segunda-feira


[José Luís Peixoto]

quarta-feira

Amame hasta la locura!

Porque sei, que quanto mais me afastas mais minha falta sentes, mais importante te sou, mais me tentas "desamar" sem conseguir!




Do improvável eis que surge a inspiração...

[Foto: Tim Walker]

"É necessário amar, porque somos amados por Deus. É necessário ter consciência da morte, para enterder bem a vida. É necessário lutar para crescer - mas sem cair na armadilha do poder que conseguimos com tudo isto, porque sabemos que este não vale nada. Finalmente, é necessário aceitar que a nossa alma - embora seja eterna - está neste momento presa na teia do tempo, com as suas oportunidades e limitações."


[Paulo Coelho in O Vencedor Está Só]

A frescura da paz


Coração consertado e no lugar certo

segunda-feira

Vontade de...

perder a cabeça, mas NUNCA o coração!

quarta-feira

"aprendeu aquilo que já muitas vezes tinha padecido sem o saber: que se pode estar apaixonado por várias pessoas ao mesmo tempo, e por todas com a mesma dor, sem atraiçoar nenhuma."
...
"e voltou a morder a língua para que a verdade não lhe saísse por todas as goteiras que tinha no coração."
[Gabriel García Marques, em O Amor nos Tempos de Cólera]

terça-feira

segunda-feira

o problema é


que no que toca a amores, nunca tive um desgosto


sexta-feira

O meu coração continua a viver um louco carnaval

terça-feira

coração descontrolado

não quero mentir mais. estou cansado de mentir.
vejo o teu rosto parado numa fotografia e a memória
que guardo de ti é tão diferente da realidade assustadora das fotografias.
mas não vou mentir. estou cansado de mentir.
a minha vida também és tu, o teu rosto parado na minha memória.
a minha vida és tu e todas as mãos que me seguraram e me quiseram,
todos os lábios que me beijaram, todas as línguas que me desenharam figuras
na pele, todos os dentes que me morderam, todas as vozes que me disseram amo-te
e me fizeram acreditar nisso. não quero mentir mais. estou cansado de mentir.
não és quase nada, mas não quero e não vou fingir que nunca exististe.


[José Luís Peixoto]


Porque há retratos carregados de sentimentos que podem viver uma vida inteira adormecidos dentro do meu peito. mas chega sempre o tortuoso dia em que acordam para atormentar a minha alma, sacudir o meu coração e tremer incessantemente no meu interior.
pessoas. lugares. momentos. vidas. sorrisos. lágrimas. gritos. mimos. um mundo de sensações. guardado num lugar tão pequeno e tão inquieto como o meu coração de comboio descarrilado.

[Foto: Tim Walker]

segunda-feira

ter o coração carregado sem saber dividi-lo

trago amores no peito,
como quem carrega flores no regaço.
cada flor um inverno,
cada flor um verão.
elas sobrevivem ao longo dos anos,
eu é que não sei mais como viver com elas a florescerem todos os dias no meu coração.
achava-me incapaz de ter um jardim, de cuidar dele...
mas dou por mim a rega-lo todos os dias, a cuida-lo e a não querer me desfazer de nenhuma flor.

ser jardineiro não é fácil, é torturoso...ter amor por todas elas, mas não saber viver em paz com isso. não sei se quero continuar a sê-lo, mas também não quero/sei como me demitir sem que as minhas flores sintam que desisti delas.

quinta-feira

dos meus olhos..tua presença/ausência...da certeza...dos sonhos..da felicidade...da vida

os meus olhos sorriem em silêncio, porque têm a certeza de não temerem à próxima página do livro. por saberem ler entre linhas. por olharem muito para além do evidente. por se alimentarem dos sonhos que crescem na alma. por vê-los aproximarem-se sem pensar no tempo ausente.
os meus olhos sorriem em silêncio para ti, porque tu és a razão da luz que neles brilha. por sentirem falta do teu olhar verde.
sorriem, por não te ter, mas sempre te terem.

e a lembrança do frasco de perfume esquecido a aumentar, de chinelos conjugais no corredor, de outra escova de dentes no copo, e de repente uma vozinha de pavio de círio

- Você sabe o que é ter saudades de uma escova de dentes, amigo?

Por acaso sei, enfim julgo que sei mas calo-me. Uma escova de dentes cor de rosa, com pêlos brancos um bocadinho desgrenhados, uma escova de dentes linda a iluminar-me uma zona escondida da alma.

[Texto: António Lobo Antunes

Foto: Katia Chausheva]


quarta-feira

Não estou a conseguir...a minha alma é uma sala desarrumada!


quinta-feira

de Paris...

subimos a torre eiffel
devagar no elevador
suave no toque lento
da tua voz suave
devagar nas escadas
calmas no eco lento
dos teus dedos calmos
subimos a torre eiffel

subimos e encontramo-nos
na certeza

paris espraia-se no mundo
todo vive cresce estende-se
na superfície toda do mundo
que vive e corre nas ruas
nas estradas debaixo de
nós dentro das nossas veias
no nosso coração a bombear
luz e paris na noite tão
distante

subimos

devagar uma brisa
nos teus cabelos nas minhas mãos
devagar uma brisa
na tua pele nas minhas mãos

subimos

paris é a sombra imensa
de nós


o marulhar do teu
silêncio no corpo maciço
do sena

















o crescer do teu
abraço de mãe no morno
do peito
e
silêncio
e
a brisa do teu
olhar a brisa que
passa que passa que
fica no puro de ti
a tua brisa de pedra
o sopro suave de pedra
no sacré-coeur de luz


















na notre dame de água
























o sopro o tudo que
tornas sempre para sempre
e
silêncio
e
uma tela de
manhã no louvre























do teu sorriso
[Textos: José Luís Peixoto]

Boa Páscoa! :)



Pai:

"Olho ao espelho e vejo o teu nariz. Olho para as mãos da mãe e vejo as tuas unhas. Estás em nós e eu estou em ti. Eu jamais seria eu sem a tua presença constante na minha vida. Comparência que eu gostaria de poder prolongar."
[José Luís Peixoto]
Porque és o meu mentor e só agora é que te dou valor. Porque quero ser o teu "lazarillo". Porque sempre te admirei no meu íntimo. Porque sempre sofri em silêncio às tuas dores. Porque és o que a minha alma me diz que quer ser. Porque me empurras sempre em direcção aos meus sonhos, que um dia também foram teus. Porque és Pai e hoje é o teu dia. E porque sinto que vale mais isto... a minha alma, o meu coração... que todo o tempo que achas que nos falta para estarmos juntos.

Descobrir


que há mais alguém como tu, como eu. que há mais alguém que sonhe como eu. que sofra com as incertezas. que se sinta perdido. que saiba partilhar a sua pena sem vergonha, sem complexos, sem tristezas ou frustrações. apenas porque somos mais um neste mar de insatisfeitos e é isso que nos torna mais felizes. somos um mais a querer mais e a nunca desistirmos dos sonhos.

descobrir que há mais alguém e que é bom saber da sua existência e desfrutar da sua companhia.

porque o mundo devia ser feito de pessoas assim...coloridas. como tu. como eu.

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