fazer das horas aqui, as assassinas do tédio
"Não há um milímetro do mundo que não seja saboroso" (Jean Giono)
sexta-feira
terça-feira
quinta-feira
because "there's nothing wrong with us"
Hoje naquele banco à beira rio, renasci. O céu índigo, que mais parece uma primavera, rasgado por brancas nuvens. Aquelas asas, leves, suspensas no alto, livres! E as minhas voltaram a nascer. É assim que quero sentir porque de outra forma estaria errado. Porque eu sou isto tudo. Sou isto, aquilo, tu e eu.
terça-feira
sexta-feira
quarta-feira
sexta-feira
(...) eu acredito é em suspiros, mãos massajando as costas, o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem paz para a minha vida. acredito em coisas sinceramente compartilhadas. em pessoas que falam tocando nos outros, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. eu acredito em profundidades. eu tenho medo das alturas, mas não evito os meus abismos. são eles que me dão a dimensão do que sou.
[Texto: Kathleen Heloise Pfeiffer
Foto: Francesca Woodman]
terça-feira
segunda-feira
quem me dera ficar no casulo do teu abraço para sempre. o teu peito a comprimir as minhas costas. meu peito a tua mão. teus dedos a enrolar meus cabelos. o suave e leve toque das tuas carícias para me acalmar e confortar.
quem me dera parar esse momento e faze-lo eterno. não te de enfrentar o amanhecer.
sexta-feira
é proibido escrever na margem
decidi correr o
risco sujeitar-me
à erosão das
águas. eu sei.
das minhas ver-
tebras nascerão
praias de areia
fina. na mar-
gem da estrada,
na margem do
papel, naufrago
do quotidiano à
espera de uma
boleia para ne-
nhum lugar...
quilómetro mil
e cinquenta e
três das minhas
veias. a eterni-
dade fica mês-
mo em frente.
[Jorge Sousa Braga]
terça-feira
segunda-feira
sexta-feira
tonight
sexta-feira
quarta-feira
Meu Amor
De ti somente o nome sei, amor.
É pouco, é muito e é bastante
para que esta paixão doida e constante
dia após dia cresça com vigor!
Como de um sonho vago e sem fervor
nasce uma paixão assim tão inquietante!
Meu doido coração triste e amante
como tu buscar o ideal na dor!
Isto era só quimera, fantasia,
mágoa de sonho que se esvai num dia,
perfume leve dum rosal do céu...
Paixão ardente, louca isto é agora,
vulcão que vai crescendo hora por hora...
o meu amor, que imenso amor o meu...
[Florbela Espanca]
sexta-feira
quinta-feira
ando perdida nestes sonhos verdes
de ter nascido e não saber quem sou,
ando ceguinha a tatear paredes
e nem ao menos sei quem me cegou!
não vejo nada, tudo é morto e vago...
e a minha alma cega, ao abandono
faz-me lembrar o nenúfar dum lago
'stendendo as asas brancas cor do sonho
ter dentro d'alma na luz de todo o mundo
e não ver nada nesse mar sem fundo,
poetas meus irmãos, que triste sorte!...
e chamam-nos a nós iluminados!
pobres cegos sem culpas, sem pecados,
a sofrer pelos outros té à morte!
[Florbela Espanca]
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